quarta-feira, 18 de maio de 2016

Inflação do aluguel chega perto de 11% em 12 meses, diz FGV

Da 2ª prévia de abril para mesmo período de maio, IGP-M ganhou força.
Preços no atacado e no varejo pressionaram o índice nesta apuração.


Do G1, em São Paulo

O Índice Geral de Preços - Mercado (IGP-M), também conhecido como inflação do aluguel, porque é usado para reajustar a maioria dos contratos imobiliários, subiu para 0,68% na segunda prévia de maio, depois de avançar 0,30% no mesmo período de abril. Com isso, o indicador acumula alta de 10,93% em 12 meses e de 4%, no ano.

Inflação do aluguel ganha força da primeira para a segunda prévia de maio. (Foto: Pedro Ventura/Agência Brasília)


Segundo a Fundação Getulio Vargas (FGV), os três subitens que compõem o cálculo do IGP-M registraram avanço de um mês para o outro. A inflação no atacado, medida pelo Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA), passou de 0,29% para 0,75%. A maior contribuição partiu dos alimentos in natura, cuja taxa subiu de 1,77% para 3,45%.
O Índice de Preços ao Consumidor (IPC), que calcula os preços no varejo, registrou variação de 0,65% na segunda prévia de maio, ante 0,34% no mesmo período do mês anterior.  A principal contribuição partiu do grupo saúde e cuidados pessoais, onde a taxa passou de 1,03% para 2,65%.
Também usado para calcular o IGP-M, mas com peso menor, o Índice Nacional de Custo da Construção (INCC) variou 0,28% na segunda prévia de maio, depois de subir 0,26% no mês anterior. O índice relativo a materiais, equipamentos e serviços registrou variação de 0,08%. No mês anterior, a taxa foi de 0,20%.
Fonte: G1

Tiago Albuquerque

terça-feira, 10 de maio de 2016

Como a votação do impeachment influencia no mercado imobiliário

Resultado, seja pelo afastamento ou permanência de Dilma Roussef, traz cenários diferentes para o futuro do setor.


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Assim como outros setores a decisão afeta o mercado imobiliário.


Na última sexta-feira, o dólar recuou 1,04% a R$ 3,503, motivado pela aprovação pela comissão especial do Senado que analisa o processo de impeachment do parecer do relator Antonio Anastasia, que admitiu o impeachment. Nesta segunda-feira, no entanto, com a notícia que o presidente interino da Câmara, Waldir Maranhão, anulou a votação de impeachment, a cotação chegou a bater acima dos R$ 3,60. O movimento de alta só perdeu força perto do fim do pregão, quando o presidente do Senado Renan Calheiros manteve o andamento do processo de afastamento, e o dólar fechou o dia com alta de 0,63% a R$ 3,516.

O que é fato é que a decisão do Senado nesta quarta-feira vai influenciar na economia e, consequentemente, no mercado imobiliário. Porém, independente se Dilma siga como presidente ou Temer assuma o cargo interinamente, as dificuldades para conseguir equilibrar as contas já acumulados serão grandes. Mas é fato que o resultado da votação desenha cenários diferentes para o setor.

Se o impeachment acontecer

O mercado imobiliário tem visto, de uma forma geral, o processo de impeachment como uma melhora nas perspectivas, principalmente pelo resgate da confiança de uma retomada das atividades econômicas. “Existe uma perspectiva em relação à agenda econômica de um eventual governo Temer e os investidores estão apostando que tenha uma melhora com o afastamento de Dilma porque existe uma visão que o novo governo teria mais condições de enfrentar as dificuldades”, analisa Danilo Igliori, chairman do DataZAP, área de inteligência imobiliária do ZAP.

Desta forma, existe uma perspectiva de resultados mais positivos ainda neste ano, iniciando de forma lenta e ganhando força com a retomada da confiança. “Existe perspectiva que o dólar se desvalorize, que os juros caiam, que a inflação fique mais segura e o crédito seja ampliado”, reforça. Todos esses indicadores influenciam diretamente no mercado imobiliário, melhorando a economia, passando mais segurança para as incorporadoras e dando melhores perspectivas para quem deseja investir em um imóvel.

Se o impeachment não acontecer

Já caso seja votada a permanência de Dilma Rousseff na presidência, poderia gerar uma incerteza e tirar essa pequena expectativa de melhora. “O mercado perdeu a esperança no atual governo de que ele consiga estancar esses problemas e voltaria ao atual cenário de um governo visto como responsável pela crise econômica e que ganha sobrevida neste processo”, afirma Igliori.

Fonte: Zap / http://g1.globo.com/

Tiago Albuquerque

Como driblar a crise e ser dono de um imóvel

Especialista ensina como economizar e pagar um imóvel sem gerar dívidas.


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Saiba como se programar financeiramente para comprar um imóvel e não se endividar.

Ter um imóvel é o sonho de nove a cada dez pessoas, mas como se planejar para um investimento que pode ser o maior de sua vida? Os tempos são de incertezas, juros altos, crise na economia e o medo do desemprego. Porém, é possível sim se programar para evitar que o dinheiro acabe no meio do caminho. Já que o planejamento de um financiamento pode significar a economia de até 50% do valor do imóvel.

Segundo o agente de investimentos da ABD Consultoria, Adriano Fonseca, muitos especialistas orientam os seus clientes para que o valor da parcela de seu financiamento não ultrapasse 30% da receita da família. “Em virtude da inflação, e com o aumento das despesas e dos custos da vida familiar, eu oriento que esse valor não exceda 25% da receita”.

O especialista lembra ainda que é preciso levar em conta no orçamento gastos inesperados que podem surgir como desemprego, manutenção do imóvel e gastos com saúde. Abaixo, veja as repostas para dúvidas mais comuns:

Existe um momento ideal para financiar um imóvel?
A única regra é o momento financeiro. O ideal é que a pessoa não deixe o sonho de ter uma casa própria com medo dos juros, já que em muitos casos é uma opção melhor do que pagar um aluguel. Procurar o auxílio de consultor e pesquisar taxas de diferentes bancos ajuda muito nesta fase inicial, uma vez que a taxa do juro financiada pode ser menor que o valor do aluguel. “Você está antecipando um sonho, mas que não pode pagar de uma vez só”, avalia Fonseca.

Devo pagar mais de uma parcela, caso sobre dinheiro?
É uma medida que vale a pena, desde que exista dinheiro para três meses com as despesas familiares, além do que vai ser gasto nas demais parcelas. “Se o financiador antecipar o pagamento de três meses do seu financiamento, por exemplo, e no quarto mês não tenha mais o dinheiro para pagar a parcela, vai ter que pagar juros, o banco não vai facilitar”, diz Fonseca.  Isso se encaixa também para o 13º salário, se você não tem verba separada para eventuais despesas fora do planejamento, não use ele para antecipar parcelas do seu financiamento.

Estou desempregado e não terminei de pagar as parcelas, o que fazer?
A dica do especialista aqui é a de guardar sempre o equivalente a três parcelas de seu financiamento para qualquer imprevisto, como a perda do emprego. É prudente utilizar a rescisão para adequar o seu planejamento. “Há algumas situações em que os bancos aceitam a suspensão do pagamento por até três meses, mas não ultrapassa esse tempo”, diz Fonseca. Caso a saída seja a venda do imóvel financiado, há algumas alternativas. Uma delas é vender a propriedade no valor de mercado e quitar com o banco. “Não existe transferência de contrato, logo outra pessoa não pode assumir a dívida”, explica o especialista.
Como não perder dinheiro com o financiamento?
O mercado atual oferece bons produtos em renda fixa, isentos de IR. Há também fundos de investimentos que resultam numa boa remuneração. “Uma outra alternativa é o tesouro. Mas é preciso analisar as expectativas e os objetivos da pessoa interessada em fazer um financiamento imobiliário”, diz Fonseca.
Fonte: Zap / http://g1.globo.com
Tiago Albuquerque

terça-feira, 3 de maio de 2016

Construção foi do paraíso ao inferno em 3 anos, diz Secovi

Mercado imobiliário: o lançamento de novas moradias diminuiu 37% em 2015 em relação ao ano anterior, sendo que em 16 regiões pesquisadas, a queda foi de 24%


São Paulo - O presidente do Secovi-SP, Flavio Amary, descreveu a trajetória do setor imobiliário nos últimos três anos como "do paraíso ao inferno", citandoshoppings com lojas vazias, lajes corporativas ociosas e locação comercial ou residencial em queda.
Amary afirmou que o lançamento de novas moradias diminuiu 37% em 2015 em relação ao ano anterior, sendo que em 16 regiões pesquisadas, a queda foi de 24%.
Diante desse quadro, o dirigente defende o impeachment da presidente Dilma Rousseff.
No evento Summit Imobiliário Brasil 2016, que acontece em São Paulo, organizado em parceria do jornal O Estado de S. Paulo com o Secovi, o presidente do sindicato afirmou haver razões concretas para formalizar o impeachment, citando a argumentação do jurista Ives Gandra da Silva Martins.
Destacou, porém, que o impedimento da presidente, por si, não "fará qualquer milagre; apenas abrirá as portas", disse, observando que exigirá "pacificação e a coalização dos partidos em prol de um projeto comum de nação".
Na opinião de Amary, a crise política deu origem à pior crise econômica das últimas décadas. "Se a razão desse quadro caótico é política, a solução tem de começar na política". Nesse sentido, ele remeteu atenções para o próximo dia 17, quando haverá a votação na Câmara do processo de impeachment.
Desafios
Há muitos desafios, econômicos e políticos no Brasil no momento, mas esse tipo de ambiente normalmente cria oportunidades.
A afirmação é do chefe global de investimentos no grupo de real estate da Blackstone, Kenneth Caplan, em palestra no Summit Imobiliário Brasil 2016. "É um ambiente interessante e nos incentiva a investir", disse o keynote do evento, que acontece hoje em São Paulo.
A Blackstone possui globalmente US$ 94 bilhões sob gestão em ativos imobiliários e outros US$ 23 bilhões disponíveis para serem investidos pelo mundo.
O executivo comentou também que um escritório será aberto no Brasil este ano, embora invista no País desde 2012 em parceria com o fundo de private equity Patria. Nos Estados Unidos está presente há 25 anos e na Europa, há 20 anos.
Apesar da crise, Caplan considera que há muitas razões para olhar para o Brasil, citando a demanda reprimida no segmento imobiliário.
Entre os desafios, além dos dados macroeconômicos, como inflação e alta taxa de juros, ele comentou sobre fundamentos enfraquecidos do mercado imobiliário.
Um exemplo foi o aumento da oferta de espaço para escritórios em São Paulo, de 149% de 2008-2011 para 2012-2015. Ou seja, oferta elevada é um sinal de enfraquecimento.
Ainda assim, ele apontou que não se deve ficar parado. "Estamos investindo", disse, citando que a empresa fez recentemente aquisição de um espaço logístico em São Paulo.
Investimento
A Blackstone não deverá esperar as condições no Brasil melhorem para investir, disse Caplan.
"Se observarmos uma boa oportunidade, vamos investir", comentou, quando questionado se a atual turbulência política e econômica estaria postergando decisões de investimento. "Vamos focar em ativos de boa qualidade", acrescentou.
O executivo da Blackstone destacou ainda que, por seu tamanho, o Brasil é o foco de investimento na América Latina do grupo.
Mapa
O Brasil está no mapa do investidor estrangeiro e continuará, disse o presidente da subsidiária local da Tishman Speyer, Daniel Cherman. Segundo ele, esse investidor está lidando com ambientes adversos também na China e na Europa.
O executivo lembrou da crise de 2008/2009, quando havia a suspeita de uma bolha imobiliária. "Em 2008 e 2009 se discutia a bolha imobiliária, o importante era que não estourasse. Hoje, vemos que a questão era muito mais ampla, relacionada ao incentivo ao crédito generalizado na economia", afirmou.
Segundo ele, o setor não está alavancado de modo geral, mas há alguns investidores nessa situação, que estão sofrendo atualmente. "Os que não estão alavancados têm, ao contrário, oportunidade nesse ciclo", destacou.
A Tishman Speyer possui US$ 80 bilhões investidos no segmento no mundo e US$ 2 bilhões no Brasil. "Olhamos ativos em reais e deixamos a questão do câmbio para os investidores analisarem", completou Cherman.
Saída para empreendedores
Diante da falta de crédito no mercado, a Brookfield tem oferecido uma saída para os empreendedores que precisam vender projetos, principalmente para as companhias que têm mais pressa para negociar seus ativos, afirmou o executivo-chefe (CEO) da Brookfield Properties Group Brazil, Roberto Perroni.
Diferentemente do que se pensava no mercado imobiliário, ressalta ele, não há grande número de projetos com problemas de alavancagem, o que ele considera que ajuda a fechar um bom negócio.
"Esse é um bom momento para investir no País e a companhia está confiante na perspectiva de médio e longo prazo", afirmou o executivo no Summit Imobiliário, evento organizado numa parceria entre Estadão e Secovi-SP.
Perroni apontou que a Brookfield acredita que no longo prazo o câmbio e a inflação "acabam se ajustando".
O executivo ressaltou que a Brookfield é um investidor de longo prazo e, por isso, fica mais confortável para operar no mercado.
Segundo ele, empreendedores que fazem investimentos pensando num horizonte de apenas dois ou três anos encontram-se em situação mais complicada.
Já o caso de investimento da Brookfield ele diz ser mais longo, de cerca de sete anos por empreendimento. Ele apontou, entretanto, que poucos estrangeiros estão olhando para o Brasil com estratégia agressiva.
Fundos
Os fundos imobiliários podem encerrar o ano de 2016 entre as maiores valorizações do mercado, afirmou o diretor da Área de Fundos Imobiliários do Credit Suisse Hedging-Griffo, André Freitas, ao apontar que a correção negativa entre juros do mercado e preços de fundos parece estar sendo retomada.
Em apresentação feita no Summit Imobiliário, o executivo disse que agora é o momento de entrada em fundos imobiliários.
Os fundos imobiliários tiveram queda de 12,7% em 2013 e baixa de 2,8% em 2014. Já no ano passado, a alta foi de 5,5%. As variações foram atenuadas pelos dividendos, de acordo com o executivo.
Ao descontar os dividendos, a variação das cotas foi bem maior do que se pensava inicialmente, com queda de 16% em 2013, baixa de 28,4% em 2014 e recuo de 2,3% em 2015.
Já nos três primeiros meses de 2016, observa-se uma alta de 5,1% nos fundos e elevação de 3,8% se excluídos os dividendos.
André Freitas explicou que a economia nacional está se direcionando para uma trajetória de queda da taxa básica de juros, a Selic, tendo em vista projeções de grandes bancos e do Relatório Focus, por exemplo.
Logo, com a correlação negativa com os preços das contas, espera-se ganhos nos fundos imobiliários.
Além disso, o executivo também apontou que a diferença entre o valor de mercado e valor patrimonial dos fundos está recuando. Essa diferença, que já chegou a cerca de 35%, encontra-se hoje em 27%, a menor diferença desde julho de 2015.
"Hoje há uma mudança em andamento", afirmou. "Estamos no momento de virada dos fundos imobiliários", ressaltou.
Bairros planejados
Algumas regiões do Brasil oferecem oportunidades para desenvolvimento de bairros planejados, de acordo com executivos presentes no Summit Imobiliário.
O presidente da Tishman Speyer no Brasil, Daniel Cherman, afirmou que há oportunidades principalmente ao lado de centros urbanos, em locais como Belo Horizonte e Brasília. Já Rio de Janeiro e São Paulo apresentam mais dificuldades.
O executivo explicou que, embora São Paulo possua áreas para se desenvolver grandes empreendimentos, o novo Plano Diretor não ajuda os projetos, uma vez que beneficia mais obras em terrenos menores.
O executivo-chefe (CEO) da Brookfield Properties Group Brazil, Roberto Perroni, concorda que haja espaço para bairros planejados, mas pondera que as prefeituras "não são muito amigáveis" a esse tipo de empreendimento.
De acordo com ele, embora as empresas tragam investimentos e desenvolvimento urbano para a região, há uma resistência entre prefeituras de que os grandes empreendimentos sejam de especulação imobiliária.
Fonte: http://exame.abril.com.br
Tiago Albuquerque

Imóvel novo? Veja se vale esperar o desfecho do impeachment





Júlia Lewgoy

São Paulo - Algumas pessoas têm adiado o sonho de comprar a casa própria na expectativa de que a renda irá melhorar se houver impeachment ou que ospreços podem cair se a presidente Dilma Rousseff continuar. Mas, se você temdinheiro guardado para pagar o financiamento, essa não é a melhor estratégia. Comprar o imóvel o quanto antes pode ser mais inteligente.
Uma pesquisa nacional, feita pelo portal imobiliário Viva Real na semana seguinte à aprovação do processo de impeachment na Câmara dos Deputados, mostrou que 45% dos consumidores que procuram imóveis tiveram sua decisão influenciada pela atual situação política. Entre eles, 63% decidiram empurrar a compra mais para frente.
“Era esperado que a resposta fosse essa, porque as pessoas se sentem desprotegidas”, explica Lucas Vargas, CEO do Viva Real. Mas adiar o fechamento do negócio pode ser uma furada, já que, com a demanda em baixa, basta um pouco de paciência para conseguir preços e condições melhores.
“Esse cenário de incertezas não vai mudar imediatamente e, no longo prazo, quando a economia se recuperar, os preços subirão muito”, projeta Vargas.
Preços dos imóveis estão em queda real
O preço dos imóveis subiu apenas 0,53% nos últimos 12 meses até março, segundo o Índice FipeZap, que mostra a variação nos valores médios do metro quadrado de 20 cidades brasileiras. O aumento ficou muito abaixo da inflaçãomedida pelo IPCA, que foi de 9,5% no período, de acordo com o Banco Central. Ou seja, descontando a inflação, houve queda real dos preços de 8,10%.
“O poder de barganha está na mão do comprador e ele deve usar isso a seu favor”, sugere o economista Bruno Oliva, da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe).
Ele explica que o preço dos imóveis só deve voltar a subir com força em 2018 ou depois, quando o desemprego cair e a renda voltar a subir. “Diferentemente domercado financeiro, o mercado imobiliário é como um transatlântico. É lento, demora para mudar de rumo”, diz Oliva.
Antes do impeachment, compradores estão em vantagem
O especialista em crédito imobiliário Marcelo Prata, fundador do Canal do Crédito, diz que o mercado imobiliário é como um cabo de guerra entre compradores e vendedores, e que a incertezas sobre o impeachment favorecem quem está na ponta da demanda. “Ao oferecer um valor mais baixo, o vendedor tende a aceitar a proposta. Ele não sabe o que vai acontecer depois que o processo de impeachment acabar e tem receio de que o comprador desista”, afirma Prata.
Se houver ou não impeachment, esse cenário do mercado imobiliário deve se manter. No entanto, na opinião de Prata, se o vice-presidente Michel Temer assumir o governo, a confiança dos consumidores será retomada em pouco tempo, o que tende a acelerar a compra de imóveis e, consequentemente, o aumento dos preços.
Essa também é a expectativa de Flavio Mary, presidente do Sindicato da Habitação de São Paulo (Secovi-SP). “Acreditamos que uma mudança no governo trará um novo ritmo de confiança e o mercado imobiliário tende a se recuperar”, diz. Por outro lado, a melhora na economia significa valorização dos preços. “Quem comprar antes leva vantagem”, acredita.
Não desista por causa das taxas de juros altas
Mesmo se houver impeachment, as taxas de juros para financiar imóveis devem permanecer altas por, no mínimo, alguns meses, segundo a expectativa dos especialistas. Desde o ano passado, as recorrentes elevações nos juros do crédito imobiliário são resultado do aumento dos saques da poupança, principal fonte de recursos dos bancos para o financiamento de construções e compras de imóveis.
No entanto, não há motivos para se assustar demais com os juros. “Não faz sentido se prender às taxas no longo prazo se os valores baixos dos imóveis compensam os juros altos”, avalia Vargas, do Viva Real. Ele recomenda dar entradas maiores, se for possível, para amenizar o impacto dos juros elevados.
Para Oliva, da Fipe, só quem compra o imóvel para investir deve esperar as taxas de juros baixarem. Se a intenção for comprar o imóvel para moradia e você encontrou uma casa com preço bom, vá em frente. “Mais adiante, dá para fazer a portabilidade. Se os juros caírem, é só transferir o financiamento para um banco que pratique taxas menores ou negociar com o mesmo banco”, sugere Oliva.
O economista lembra que, neste momento de aumento na taxa de desemprego, só quem tem alguma reserva financeira deve entrar no financiamento. Se houver algum risco de demissão, que possa levá-lo a desonrar o pagamento das prestações, é melhor esperar. 
Fonte: http://exame.abril.com.br
Tiago Albuquerque