segunda-feira, 15 de fevereiro de 2016

Novo presidente do Secovi-SP, Flávio Amary busca preservar negócios em meio à crise

Agenda também exige elaboração de propostas para solucionar impasses jurídicos no setor da construção

Wladimir DAndrade
O empresário Flavio Amary assumiu no dia 31 de janeiro um dos mandatos mais desafiadores da história da presidência do Sindicato da Habitação de São Paulo (Secovi-SP). Eleito em outubro, o novo líder tem dois anos para elaborar políticas setoriais que defendam os interesses dos mais de 100 mil representados pela instituição em meio a uma crise política e econômica nacional com graves consequências para o mercado imobiliário na capital paulista. Os lançamentos caíram 35%, enquanto as vendas recuaram 6% entre janeiro e novembro de 2015 na comparação com o mesmo período de 2014. Além do impacto nos negócios, incorporadores enfrentam insegurança jurídica associada ao volume elevado de rescisões contratuais e aos questionamentos nos tribunais envolvendo a taxa de corretagem.
O cenário é um grande desafio para Amary, profissional de Sorocaba (SP), com 23 anos de atuação no setor. Em sua trajetória, ele acumulou experiência como presidente da Associação das Empresas de Loteamento e Desenvolvimento Urbano (Aelo), membro do Conselho Estadual de Habitação (CEH/SP) e do Fundo Paulista de Habitação de Interesse Social (FPHIS/SP), diretor regional do Secovi-SP em Sorocaba e vice-presidente do Interior do mesmo sindicato, além da sua atuação como sócio-diretor na Renato Amary Empreendimentos Imobiliários, empresa familiar sediada em sua região de origem.

Otimista, o novo presidente acredita na força da moradia popular e nas parcerias público-privadas (PPPs) para ajudar o setor imobiliário a contornar a atual crise até que a retomada do mercado aconteça, possivelmente em meados de 2018, de acordo com a sua expectativa. O esforço neste mandato será em continuar o trabalho de seu antecessor, Cláudio Bernardes, em busca de um ambiente de negócios melhor, com menos burocracia e mais segurança jurídica. Mas tudo dependerá de um desfecho político, na forma de uma coalizão suprapartidária em Brasília, opina Amary. 'Para qualquer mudança política que traga uma luz, o mercado dará uma resposta positiva', diz.
Fonte: Construção Mercado
Tiago Albuquerque

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