quarta-feira, 10 de junho de 2015

Imóveis do 'Minha Casa Minha Vida' estão com obras paradas, no ES

Em Linhares, residências deveriam ter sido finalizadas em 2012.
Em Colatina, obras também aguardam a conclusão.



Praticamente prontas, mais de 1.500 casas que fazem parte do programa 'Minha Casa Minha Vida' do governo federal e que deveriam ter sido entregues em 2012 estão com as obras paradas em Linhares, no Norte do Espírito Santo.
Os imóveis, que integram o Residencial Rio Doce, no bairro Aviso, já possuem ruas calçadas e até energia elétrica. Porém os moradores que deveriam ser beneficiados pelo programa reclamam que não possuem respostas de quando vão poder ocupar as novas moradias.
"Todas as vezes que a gente vai atrás eles não dão um parecer certo, o que podem ou não fazer. Botaram a gente nesse aluguem social aí, mas é um aluguel que não sabe até quando vai", declarou o lavrador Luiz Paulo.

Em janeiro de de 2014, o supervisor regional da Caixa Econômica Federal, Antônio Carlos Ferreira, deu entrevista explicando o motivo do atraso. "A gente vivencia casos como greve do segmento dos operários da construção civil e chuvas", disse.
Na última semana, uma matéria do jornal A Gazeta publicou uma reportagem sobre o programa federal. Segundo o texto, as construtoras responsáveis pelas obras no estado revelaram que o governo não está pagando pelo serviço. A dívida estaria chegando a R$ 20 milhões.
A Caixa Econômica Federal informou que as obras do residencial Rio Doce e do Residencial Mata do Cacau, em Linhares, estão na fase final, e esclareceu que a prefeitura já aprovou a construção de uma proteção contra inundações.Enquanto ficam sem solução, as famílias que esperam a entrega dos imóveis improvisam para ter onde morar.
Agora só falta a autorização da Defesa Civil estadual e emissão de licença ambiental para iniciar as obras.
Além disso, será necessário concluir a rede de água e esgoto, serviços que deverão ser realizados pela prefeitura. A previsão é que o residencial Rio Doce seja concluído em três meses. Já o residencial Mata do Cacau deve ficar pronto em seis meses.

Colatina
Em Colatina, na região Noroeste, moradores também aguardam a conclusão das obras de construção das casas. Algumas dessas famílias perderam os pertences durante as enchentes do fim de 2013 e, desde então, sobrevivem com o aluguel social pago pela prefeitura.

Essa é a situação do pedreiro Solivan Alves dos Santos. "O que tem agora para viver é assim. Enquanto o prefeito for pagando, a gente vai vivendo. Se não pagar mais ou a gente vai para dentro da prefeitura ou arma uma lona", disse.
No município, mais de 430 casas quase prontas estão com as obras paradas. A empresa responsável pela construção explicou que os trabalhos deveriam ter sido concluídos em dezembro de 2014.
"Começamos a ter muito dificuldade com a Caixa Econômica. De janeiro para cá, a Caixa parou de fazer as medições das construtores no estado. Existem  muitas discussões com a Caixa a respeito de contrato. Assim que recebermos, nós vamos entregar o mais rápido possível", disse o representante da empresa, João Meneguelli.

O prefeito do município, Leonardo Deptuski, explicou o motivo do atraso e disse que algumas melhorias serão feitas para que, então, a Caixa possa concluir os imóveis.

"O atraso nas obras se deu principalmente pelo atraso no governo do estado que ficou de fazer o acesso e não fez, e nós estamos fazendo agora o acesso com os nossos recursos, e estamos programando a entrega para o final de julho início de agosto", disse.
Fonte: Do G1 ES, com informações da TV Gazeta
Tiago Albuquerque

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