sexta-feira, 3 de julho de 2015

Preço dos imóveis sobe menos que a inflação em 20 cidades

Construtoras oferecem descontos e brindes para conseguir vender.
Especialistas recomendam planejamento antes de fechar um negócio.


Pelo oitavo mês consecutivo, os preços dos imóveis em 20 cidades subiram em junho menos do que inflação. Como o mercado está parado, as construtoras estão fazendo de tudo para vender, oferecendo descontos e brindes. Agora, para quem quer comprar, os especialistas recomendam planejamento antes de fechar o negócio.

Em São Paulo, por exemplo, o dono de um apartamento com 79 metros quadrados, três quartos, sacada gourmet e duas salas, em fase de acabamento, facilita a entrada. “Parcelamento está sendo em até 30 vezes. Só esse mês a gente está dando uma televisão”, conta Ronaldo Cury,
diretor da construtora.
Se fosse em outros tempos, nem precisava de promoção para atrair o cliente. Lançava o empreendimento e vendia tudo antes da construção. Agora, há 43 mil imóveis novos na Região Metropolitana de São Paulo a espera de um comprador. “A falta de confiança na economia está levando os incorporadores a reduzirem o número de lançamentos. Ninguém está arriscando soltar um produto para ver se esse produto vai dar certo”, explica Celso Petrucci, economista do Secovi.
Pesquisa divulgada pela Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe), nesta sexta-feira (3), confirma o medo do consumidor de investir na compra do imóvel neste momento. Com as vendas em queda, o estudo mostra que os preços têm subido menos do que a inflação.
Em junho, os preços subiram 0,13%, bem abaixo das projeções divulgadas do Banco Central, no boletim Focus, para o mês: 0,72%. No primeiro semestre, o aumento foi de 1,38%. Vinte cidades foram pesquisadas. Rio de Janeiro e São Paulo têm o metro quadrado mais caro do país. As cidades de Contagem, em Minas Gerais, e Goiânia o mais barato.
O coordenador da pesquisa, Eduardo Zylberstajn, lembra que o levantamento reflete a média dos preços praticados no país, dos imóveis novos já com as chaves entregues e dos usados. Para quem quer comprar, este é o momento de barganhar: “Tentar um desconto maior na negociação ou uma facilidade maior na hora de comprar seu imóvel, seja novo ou usado. Então, é uma decisão que tem que ser feita com muito cuidado, com muito planejamento e muita consciência”.
Fonte: G1
Tiago Albuquerque

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