quinta-feira, 27 de novembro de 2014

Otimista, setor aguarda definição das regras do Minha Casa, Minha Vida 3

Desde o lançamento oficial do Minha CASA, Minha VIDA (MCMV) 3, em julho, o setor da construção civil aguarda a definição das regras desta nova fase do programa por parte do governo federal. Apesar da demora dos novos parâmetros, as empresas do segmento estão bastante otimistas em relação à terceira etapa. A meta do governo é construir 3 milhões de unidades a partir de 2015 pelo MCMV 3.

Na avaliação do presidente da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC), José Carlos Martins, as regras devem ser apresentadas somente após a definição da nova EQUIPE econômica, que deve ocorrer ainda nesta semana. “Hoje, o governo está MAIS ocupado em resolver o problema do superávit primário. A definição da linha que será adotada como nova medida econômica, de priorizar ou comprometer o investimento, vai refletir no estímulo que será dado ao programa”, diz.
Otimismo
A expectativa das empresas que trabalham com imóveis contratados pelo Minha Casa, Minha Vida é grande para esta terceira etapa. Newton Borges dos Reis, diretor da construtora Conceito e Moradia, diz que a empresa está seguindo o CURSO normal de planejamento e tem um projeto em fase de aprovação pela Caixa Econômica Federal para o lançamento de 60 unidades no bairro Sítio Cercado. “É um empreendimento da faixa 3, com lançamento previsto para o feirão da Caixa [ realizado sempre no mês de maio]”, conta.
Na FMM Engenharia, que tem unidades enquadradas no MCMV em todos os empreendimentos em construção, o plano é lançar 1,5 mil unidades, somando um total de R$ 156 milhões em valor geral de vendas entre o final de 2014 e 2015. “Nós acreditamos muito no Minha Casa, Minha Vida. Sabemos da seriedade do programa e do empenho do governo para fazer com que a terceira fase tenha tanto sucesso quanto às demais”, afirma Victor Hugo Batista Mendes, gerente de comercialização e marketing da empresa.
Anunciado em setembro, o acréscimo de mais 350 mil habitações à segunda fase do MCMV – que terá 2,6 milhões de unidades –, trouxe alívio para o setor. Waldemar Trotta Junior, vice-presidente do Sindicato da Indústria da Construção Civil no Paraná (Sinduscon-PR), lembra que a falta desta medida iria descontinuar o programa neste final de ano, o que não ocorreu. “O que precisávamos era de uma garantia de que teríamos alguma condição de contratar antes da oficialização da terceira etapa, e isso nos foi dado. Esta quantidade acaba entrando como parte do MCMV 3”, diz. Hoje, segundo ele, a principal dificuldade do programa está nos imóveis da faixa 1. A Caixa Econômica aponta que o repasse do Tesouro não está acontecendo com a rapidez que deveria, atrasando em até um mês o recebimento das empresas que atuam neste segmento.
Por SHARON Abdalla
FonteGazeta do Povo / CTE
Tiago Albuquerque

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