terça-feira, 19 de maio de 2015

Bancos privados acompanham Caixa e elevam juros da casa própria


Diante de recursos cada vez mais escassos da poupança, principal fonte de financiamento da habitação, os bancos que ainda têm dinheiro para financiar a compra da casa própria estão cobrando juros mais altos e exigindo condições mais rigorosas para a aprovação de crédito.

Entre as grandes instituições, Bradesco, Itaú e Santander reajustaram as tabelas em relação às taxas cobradas no mês passado, quando a Caixa Econômica Federal subiu pela segunda vez no ano os juros e reduziu o percentual máximo de financiamento de imóveis usados para 50% do bem.

No Itaú, o percentual máximo de financiamento foi reduzido de 80% para 70%. O banco não informou as taxas, mas corretores de crédito imobiliário afirmam que o banco também mexeu nos juros.
O Bradesco elevou a chamada taxa de balcão para o financiamento de imóveis de até R$ 750 mil de 9,6% para 9,8% mais TR (Taxa Referencial), enquanto no Santander os juros informados passaram de 9,6% para 10,1% mais TR. As taxas de balcão são uma referência do banco, que pode elevá-las ou reduzi-las de acordo com o relacionamento com o cliente.
Na semana passada, o Banco do Brasil anunciou aumento de 9,9% para 10,4% ao ano mais TR para os imóveis até R$ 750 mil. O aumento vale a partir da segunda (18).
Um dos motivos alegados pelos bancos para elevar os juros é o aumento da taxa Selic, os juros básicos do país. Além de influir no retorno da poupança, a alta dos juros eleva o custo de captação por meio de LCI (Letras de Crédito Imobiliário), que pagam um percentual das taxas de mercado.
No BB, as LCI respondem por 41% dos recursos captados para habitação.
Por TONI SCIARRETTA
Fonte:Folha de S.Paulo / CTE
Tiago Albuquerque

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