quinta-feira, 23 de abril de 2015

Beneficiários são flagrados vendendo imóveis do 'Minha Casa, Minha Vida'

Dona e corretora admitem negociação de apartamentos não quitados.
Venda de apartamentos do programa ainda em financiamento é proibida.


do G1 PR, com informações da RPC

Beneficiários do programa “Minha Casa, Minha Vida” em Curitiba foram flagrados tentando vender imóveis adquiridos através do programa, ainda antes do término do financiamento. A produção daRPC entrou em contato com anunciantes de dois imóveis no mesmo condomínio, no bairro Tatuquara, que admitiram a negociação dos imóveis obtidos através do programa do governo federal.
A venda de imóveis obtidos pelo programa antes do término do financiamento é proibida e, caso seja comprovada, a Caixa Econômica Federal (CEF) denuncia o beneficiário à Polícia Federal, rescinde o contrato, e quem vendeu fica sujeito a devolver o subsídio pago pelo governo.
Nos casos flagrados, os anúncios mostravam os imóveis de 40 metros quadrados com preço de R$ 75 mil. O valor pedido está abaixo da média cobrada pelo metro quadrado na mesma região. A produção da RPC conversou com a dona de um dos apartamentos, e com a corretora de outro, que confirmaram a irregularidade.
Se não quitar, tem que fazer um contrato de gaveta"
Corretora
Na conversa com a dona de um dos imóveis, ela afirma à suposta interessada que não há nenhum problema em vender o imóvel financiado. “Não, não. Tudo certinho. A gente já se informou né, com a Caixa Econômica, tudo. É bem tranquilo mesmo”, garante. Na sequência da conversa, a dona ainda sugere que a compradora assuma o restante das parcelas do financiamento.
“Fica mais fácil, assim, a pessoa assumir a parcela, porque senão, ele perde o subsídio, né. Daí a prestação vai pra R$ 350”, pondera.
A corretora do outro imóvel faz proposta semelhante, e garante que o financiamento é acessível. Questionada se seria possível transferir o financiamento, a corretora nega, e diz que só seria possível se o apartamento fosse quitado. “Se não quitar, tem que fazer um contrato de gaveta”, propõe.
Fonte: G1 PR
Tiago Albuquerque

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