segunda-feira, 16 de março de 2015

Governo estuda faixa intermediária com FGTS para Minha Casa 3


Governo diz que terceira fase do programa sai até o fim deste ano.
Ministério estuda possibilidade de trabalhador poder usar suas FGTS.

O ministro do Planejamento, Orçamento e Gestão, Nelson Barbosa, afirmou nesta segunda-feira (16), após reunião com construtores e outros integrantes do governo, que o governo pretende "atualizar" o Minha Casa Minha Vida para fazer o lançamento da terceira etapa do programa até o final deste ano.
"O programa continua, vai ser aperfeiçoado. Vai ter uma nova modalidade, a Faixa 1 com FGTS. Combinando os incentivos da faixa 1 [para quem ganha até R$ 1.600 por mês e paga somente 5% da sua renda na prestação, ou seja, R$ 80] com os incentivos da faixa 2 para aumentar o publico que tem acesso a este programa", declarou ele, lembrando que a meta do Minha Casa Minha Vida 3 é contratar três milhões de unidades até o fim do mandato da presidente Dilma Rousseff, em 2018.
Segundo ele, também está em estudo a possibilidade de o trabalhador poder utilizar suas cotas no FGTS como parte do pagamento dos imóveis do Minha Casa Minha Vida 3. "É uma modalidade que está em construção. Há vários cenários modelados", declarou.
José Carlos Martins, presidente da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC), explicou que, quem ganha R$ 1.600 atualmente, paga R$ 80 de prestação (5% da renda) e que quem recebe salário de, por exemplo, R$ 1.600,01, paga R$ 400 na prestação do Minha Casa Minha Vida - o equivalente a 25% de sua renda. "É claro que você tem que criar um produto intermediário. O que está sendo proposto é que parte dele seja assumido como se fosse um financiamento por parte do FGTS", informou.
Meta de 6,75 milhões de casas contratadas até 2018
De acordo com o ministro das Cidades, Gilberto Kassab, que também estava presente na reunião, o objetivo é o programa ter 6,75 milhões de casas contratadas até 2018 - nas três fases do Minha Casa Minha Vida, sendo três milhões de unidades somente na terceira fase do programa.  "Isso significa atender a 25 milhões de pessoas. O setor que mostrou eficiência ao longo dos últimos anos. Esse será um dos mais importantes programas do governo", declarou.
Segundo ele, o setor da construção civil sabe da sua responsabilidade e entende as dificuldades de transição por conta do ajuste fiscal. "Entende que haverá essa transição e está motivado para dar a sua parte. Vai comparecer e contribuir para que seja um sucesso. Tenho certeza que, neste momento, o Minha Casa Minha Vida 3 servirá para alavancar a economia e gerar empregos", acrescentou o ministro das Cidades.
Alexandro MartelloDo G1, em Brasília
Fonte: G1
Tiago Albuquerque

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