terça-feira, 1 de abril de 2014

Zona Sul: Leblon e Ipanema já apresentam tendência de queda no preço de imóveis

RIO - O valor médio do metro quadrado na Zona Sul fechou 2013 em R$ 13.833, um valor 14,5% maior que em janeiro daquele ano, quando pagava-se, em média, R$ 12.084 por metro quadrado. A conclusão está no Panorama do Mercado Imobiliário 2013, divulgado na semana passada pelo Sindicato da Habitação do Rio (Secovi-Rio). Mas esses números variam muito de acordo não só com o bairro, mas também com o tamanho do imóvel.
É o que o Morar Bem vai mostrar ao longo dessa semana. A cada dia será abordada uma região diferente da cidade: Zona Sul nesta terça, Zona Norte, na quarta, Barra e adjacências, na quinta, e Centro, na sexta. Mas, quem não quiser esperar, pode visitar o nosso infográfico, que mostra a variação de cada bairro de acordo com a tipologia do imóvel: um, dois, três e quatro quartos.
A variação geral dos imóveis de um quarto da Zona Sul, por exemplo, também foi de 14,5%. Já os de dois dormitórios, os mais procurados, subiram 18,4%; os de três quartos, 13,2%; e os de quatro quartos, 5,4%. Os imóveis que registraram a maior variação ao longo do ano foram os de três quartos no Cosme Velho, que ficaram 36,2% mais caros. Em seguida, vêm as unidades de dois quartos na Urca: 33% mais caras; e os de dois quartos no Humaitá, 24,5%.
— Cosme Velho é um bairro com grande potencial residencial, mas que estava meio adormecido. Laranjeiras, por exemplo, já tinha tido uma valorização mais expressiva em 2012. Agora, isso chegou também ao Cosme Velho, um bairro que tem a vantagem da mobilidade já que está perto tanto da Lagoa como do Centro. Com Humaitá acontece a mesma coisa. Está perto de todo tipo de comércio, escolas, bem localizado para quem precisa se deslocar pela cidade e com preços mais em conta que na Lagoa ou no Jardim Botânico — avalia o vice-presidente do Secovi-Rio, Leonardo Schneider. — Já a Urca é aquele bairro pequeno, agradável e apesar de ter aquele clima bucólico, fica mais próximo à região central que outros bairros da Zona Sul.
Por outro lado, em dois casos houve redução nos preços. E justamente no nicho que concentra alguns dos imóveis mais caros da cidade. Sim, os imóveis com quatro quartos ou mais no Leblon e em Ipanema ficaram mais baratos. No primeiro caso, a redução foi de 1,7%. O metro quadrado caiu de R$ 24.898, em janeiro do ano passado, para R$ 24.464, em dezembro. Já em Ipanema, a redução foi mais sutil: 0,2%, com o metro quadrado passando de R$ 21.801, em janeiro, para R$ 21.767, em dezembro. Seria um sinal de que outros preços da região também podem cair?
— É difícil dizer se os preços vão cair. Nesses casos, eles realmente tinham atingido patamares muito elevados e começa a haver um ajuste, uma reacomodação dos valores. Há uma estabilização na região — garante Schneider.
Ainda assim, os dois bairros mantêm os valores mais altos de metro quadrado: R$ 22.078 no Leblon e R$ 19.795 em Ipanema. A lista segue com Lagoa (R$17.358), Gávea (R$ 16.780), Jardim Botânico (R$ 16.139), Urca (R$ 15.828), Humaitá (R$ 13.467), São Conrado (R$ 12.815), Leme (R$ 12.510), Copacabana (R$ 12.359), Botafogo (R$ 12.347), Flamengo (R$ 11.551), Catete (R$ 11.264), Cosme Velho (R$ 10.956) e Laranjeiras (R$ 10.752).

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