terça-feira, 18 de março de 2014

Adquirente de imóvel valoriza inovação, mostra pesquisa


O consumidor brasileiro que está adquirindo ou pretende adquirir um imóvel está cada vez mais exigente e atualizado sobre as inovações tecnológicas da Indústria da construção e disposto a pagar mais por um empreendimento que incorpore novas tecnologias que resultem em maior economia, segurança, conforto, sustentabilidade ambiental, entre outros diferenciais.
Este é o resultado de pesquisa inédita realizada pela CBIC (Câmara Brasileira da Indústria da Construção) e coordenada pelo Instituto Sensus, e que, segundo a entidade, será lançada hoje, 18 de março, às 16 horas, na Feicon-Batimat.
O estudo "A Inovação na Construção Civil no Brasil sob a Ótica do Consumidor" aponta que, mesmo entre famílias com renda entre 5 e 10 salários mínimos, é significativo o volume de consumidores que aprovariam pagar 10% ou mais do valor do imóvel pelo conjunto de inovações apresentadas. Este percentual cresce na proporção em que aumenta o nível de escolaridade dos entrevistados, chegando a 61,4% de aprovação na faixa com renda superior a 20 salários mínimos.
A pesquisa, realizada em 23 estados e no Distrito Federal, ouviu 1.100 pessoas no período de 11 a 15 de maio de 2013. De forma espontânea, os entrevistados apontaram os itens "economia" (com 30,2%), "segurança" (com 16,3%), "conforto" (4,9%) e "é ecológico" (com 4,1%) como as inovações tecnológicas mais lembradas em um imóvel. Essas respostas coincidiram com as perguntas induzidas, quando os consumidores foram convidados a apontar o item "mais importante" de inovação que eles esperam ver em uma residência.
De acordo com os dados da pesquisa, as cinco áreas de inovação mais lembradas são: racionalização de energia (21,4% a escolheram como item mais importante), alarme elétrico (12,7%), racionalização de água (12,1%), teto solar para geração de energia (8,5%) e monitoramento por câmera (7,5%).
Para o presidente da CBIC, Paulo Safady Simão, "aferimos a existência de um anseio do consumidor brasileiro por inovação e que este mercado tem amplo espaço para se expandir. Com os dados da pesquisa, fabricantes de materiais e construtores têm agora mais segurança para aumentar os investimentos em novos produtos e novas metodologias construtivas e para ampliar o uso de inovações no setor. Com mais investimento e com ganho de escala, essas novas tecnologias terão seu custo reduzido e poderão chegar a um público muito maior."
Para Simão, a pesquisa fortalece a defesa que a CBIC tem feito junto ao governo, no sentido de estender os benefícios da inovação tecnológica às moradias de interesse social. "Os empreendimentos construídos dentro do Minha Casa, Minha Vida precisam incorporar essas inovações. Racionalização do consumo de energia, redução do consumo de água, geração de energia por meio de placas fotovoltaicas, entre outros avanços tecnológicos são benefícios que precisam chegar a todo o conjunto da população. Mas, para isso, será necessário inserir no programa novos parâmetros de inovação e sustentabilidade." 

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