Até meados dos anos 1990 o papel era a plataforma utilizada para fazer anúncios de classificados. Ao longo de anos, jornais e revistas mantiveram seções e cadernos especiais onde o objetivo era criar uma ponte de interesse entre quem desejava vender com quem queria comprar.
Por décadas o ritual de quem utilizava classificados era o mesmo aos domingos: folhear após o café da manhã os cadernos de empregos, veículos e imóveis. A mídia impressa estabeleceu seu negócio (o de classificados) pautada na necessidade dos usuários e não em apresentar soluções para eles. A popularização da internet impactou sensivelmente esta rotina a partir dos anos 2000 com o surgimentos dos portais de anúncio que permitiram uma nova dinâmica de busca ao usuário.
Se no passado recente o leitor dependia do papel e das informações ali impressas para realizar suas buscas e negócios, com os portais na internet era possível ao vendedor consultar seus anúncios a qualquer hora, com mais informações e e sem estar limitado ao orçamento por linhas, predominante à época. Para quem buscava ofertas a mudança de comportamento proporcionada pela internet foi ainda maior: não era mais preciso aguardar o domingo (ou outro dia da semana) para realizar suas consultas; a informação tornou-se instantânea, prática e principalmente mais eficaz.
Bobagem! Dizem alguns. O impresso ainda tem o seu valor. Gerações acostumadas a plataforma impressa ainda consumirão por anos jornais, revistas e periódicos. É verdade. Como é verdade que a escala de negócios da mídia impressa nunca mais foi a mesma desde o surgimento da internet, os cadernos classificados jamais se recuperaram e a cada nova reformulação, a cada troca de equipamentos gráficos, fica claro que os jornais e revistas deverão migrar totalmente para a plataforma online.
E migrar da plataforma impressa para a online não é necessariamente o fim dos jornais e veículos de mídia, ao contrário. O mesmo leitor que encontrou na internet e nos portais a solução anunciar e comprar através de classificados é um consumidor voraz de notícias e conteúdo. É o atendimento a este usuário que determinará o futuro destes canais de mídia!
O mesmo vale para outras áreas que trabalham na intermediação ou na prestação de serviços e isto inclui as empresas imobiliárias. Houve um tempo que a receita simples era realizar um anúncio no caderno de classificados de domingo, aguardar as ligações dos possíveis interessados na segunda feira e marcar os agendamentos durante a semana. Hoje o comprador exige muito mais do que isso e se você ou sua empresa ainda está esperando a volta deste tempo, a má notícia é que ele não irá voltar. A boa é que muitas imobiliárias e corretores já se reinventaram, agregando informação de qualidade aos seus clientes e têm colhido frutos deste novo processo.
Fonte: http://www.vivareal.com.br/
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