segunda-feira, 24 de março de 2014

Prefeituras pedem flexibilização em critérios do MCMV

O atraso nos repasses de verba do governo federal envolvendo o Minha Casa, Minha Vida, bem como a falta de informações e problemas de ordem operacional que tem emperrado a evolução do programa foram os temas que predominaram no "Evento de Divulgação Minha Casa, Minha Vida". Realizado pela CBIC, junto com Ministério das Cidades, Banco do Brasil, Caixa, Abrainc, Apeop, Secovi-SP e SindusCon-SP, na sede deste sindicato, em 20 de março, o evento reuniu 130 pessoas, entre 27 representantes de prefeituras do Estado de São Paulo, dos agentes financeiros e de construtoras.
Entre as dúvidas levantadas pelo público, o conflito entre os padrões municipais e federais na hora da aprovação foi considerado uma grande dificuldade por parte dos presentes. Durante o debate, também foi sugerido pela plateia que o SindusCon-SP crie um  banco de dados de construtoras, organizado por município e faixa de renda de atuação de seus empreendimentos, fazendo a ponte entre os gestores municipais e as empresas interessadas em construir dentro do programa. A proposta, que foi considerada pelos debatedores uma boa ideia, poderia ser decisiva para inserir as cidades menores no âmbito do programa. 
Questionamentos sobre pré-requisitos necessários para apresentar projetos do MCMV que possam receber recursos do FAR também surgiram. Os representantes do BB e da Caixa se prontificaram a esclarecê-los e indicaram que no site das duas instituições existem áreas com as principais orientações. "Em eventos como esse é que crescemos. Só assim será possível inserir as cidades menores no programa; a ideia do banco de dados é ótima, sinto que o principal problema é a falta informação", disse José Carlos Martins, vice-presidente da CBIC.
MCMV 3 - Na abertura, Sergio Watanabe, presidente do SindusCon-SP, destacou o propósito do evento de "elevar a capilaridade" do MCMV no Estado de São Paulo, "aumentando o número de contratações, especialmente na faixa 1 do programa, bem como discutindo sua continuidade nas localidades que já atingiram a meta atual".
Martins, da CBIC, disse ter sido informado pelo governo de que os pagamentos em atraso das obras do MCMV serão regularizados nos próximos dias.
O secretário municipal adjunto de Habitação de São Paulo, Marco Antonio Biasi, afirmou trazer mensagem do prefeito Fernando Haddad, no sentido de que as 55 mil moradias populares que sua administração pretende construir já têm áreas destinadas, estando os contratos em andamento, com o apoio do governo federal.
Também participaram da mesa de abertura o titular da Superintendência Regional Paulista da Caixa, Paulo Galli; os vice-presidentes Luiz Antonio Zamperlini, da Apeop, e Flávio Prando, do Secovi-SP; e o diretor executivo da Abrainc, Renato Ventura.
Na sequência, palestraram Paulo Galli; Marta Garske, diretora substituta do Departamento de Produção Habitacional do Ministério das Cidades; e Rudimar Locatelli e Lúcio Bertoni, diretores de Crédito Imobiliário do Banco do Brasil. Entre outros, participaram, pela Caixa, o superintendente nacional Clóvis Bueno e o consultor da presidência, Luiz Alberto Suguhara; os prefeitos Rodrigo Abdala Proença (Capivari), Pedro Dali (Piedade) e Julio Cesar Barros (Rio das Pedras), além de secretários e autoridades de mais 24 municípios.
Por Notícias da Construção

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