sábado, 15 de março de 2014

MRV prevê alta de lançamentos e vendas este ano



A MRV Engenharia vai crescer em 2014 em lançamentos e vendas, e gerar caixa em patamar da ordem do registrado no ano passado, segundo o presidente da companhia, Rubens Menin. A incorporadora gerou caixa de R$ 162 milhões no quarto trimestre de 2013 e de R$ 548 milhões no acumulado do ano passado. Em 2013, a MRV teve seu recorde de vendas contratadas, de R$ 5,09 bilhões e lançou R$ 3,5 bilhões. "No segmento em que atuamos, a concorrência é baixa e a demanda, forte. Vamos crescer gerando caixa", diz Menin.
 
Os recursos da geração de caixa da companhia serão destinados à distribuição para acionistas, por meio de dividendos ou pela recompra de ações, e para redução de dívidas. "Mas já estamos em níveis de endividamento muito próximos do que queremos", diz o diretor-executivo de Finanças da MRV, Leonardo Corrêa. No fim de dezembro, a relação entre dívida líquida e patrimônio líquido da empresa era de 30,4%, abaixo dos 33,8% do terceiro trimestre e dos 40,7% registrados um ano antes.
 
No ano passado, a MRV registrou as margens bruta e líquida mais baixas de sua história, de 26,4% e 10,9%, respectivamente. Segundo o presidente da companhia, o desempenho desses indicadores refletiu projetos vendidos em 2011 com "descontos grandes", para que a meta de vendas daquele ano fosse cumprida. "Em 2013, pagamos a conta de 2011, ano em que tivemos o melhor lucro da nossa história", conta Menin.
 
No ano passado, a MRV registrou lucro líquido de R$ 423 milhões, com queda de 19,8% ante 2012. A receita líquida aumentou 1,8%, para R$ 3,87 bilhões.
 
No quarto trimestre, a MRV registrou lucro líquido de R$ 72 milhões, valor 37% menor que o do mesmo período de 2012. Na comparação dos dois intervalos, a receita líquida subiu 1,4%, para R$ 950 milhões. A geração de caixa medida pelo Ebitda teve queda de 18,9%, para R$ 33 milhões.
 
O desempenho do quarto trimestre foi afetado, negativamente, pela controlada Conjunto Prime Incorporações e Construções, responsável pelas operações do Centro-Oeste, na qual a MRV tem 60% de participação. "Na maior obra da Prime, em Brasília, houve atraso em relação ao que prevíamos, e o orçamento ficou um pouco acima do esperado", conta Menin. Foi necessário também pagar uma taxa de R$ 16 milhões, não esperada pela MRV. Houve ainda descontos na venda das unidades, que impactaram o desempenho do período.

Fonte: Valor Econômico, Empresas

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