terça-feira, 11 de março de 2014

RJ: Investimentos do governo valorizam cada vez mais a Região Oceânica



Conhecido pela tranquilidade, proximidade com as praias e terrenos e imóveis maiores, o local está recebendo diversas melhorias, como os programas Asfalto na Porta e Bairro Novo.
Região Oceânica de Niterói está atraindo olhares de construtoras e novos moradores. Conhecido pela tranquilidade, proximidade com as praias e terrenos e imóveis maiores, o local está recebendo melhorias, como os programas Asfalto na Porta e Bairro Novo, além da previsão de construção da TransOceânica e do túnel Charitas-Cafubá, que prometem dar mais qualidade de vida aos moradores.
Através dos programas Asfalto na Porta e Bairro Novo, centenas de ruas da região estão recebendo obras de infraestrutura urbana, redes de drenagem, pavimentação e recapeamento. O investimento ultrapassa R$ 100 milhões.
Já com a TransOceânica, via expressa que vai ligar a Região Oceânica à Charitas, o trajeto, que chega a levar uma hora e meia, deve ser feito entre 20 e 25 minutos. O túnel Charitas-Cafubá, uma antiga demanda dos moradores, faz parte da nova via, e a previsão da Prefeitura é que as obras comecem nos próximos meses.
De acordo com o prefeito Rodrigo Neves, com a implantação do corredor viário e obras de melhorias, a Região Oceânica vai receber cerca de R$ 600 milhões em investimentos nos próximos três anos.
Segundo o diretor operacional da Julio Bogoricin Imóveis, Hélio Brito, as intervenções da Prefeitura estão gerando uma “significativa melhoria” no local e também estimulam o aumento da oferta de serviços e comércios. Ele revela que os locais mais procurados são Itacoatiara, seguida de Camboinhas, Piratininga e Itaipu. O metro quadrado da região custa em torno de R$ 6 mil.
"Há mais colégios, restaurantes e comércio em geral. A mobilidade ainda deixa a desejar, mas com a conclusão do túnel deverá melhorar acentuadamente, além de fazer com que os imóveis fiquem mais valorizados. Ainda há necessidade de frequentar outros bairros em busca de serviços especializados como assistência médica, além das idas ao local de trabalho, porém a tendência é melhorar muito. Por isso, pessoas que preferem residir em locais de maior tranquilidade e contato com a natureza, e se interessam por construções de pequeno e médio porte, optam pela Região Oceânica”, analisa.
Ele ressalta que, com os avanços previstos e o interesse imobiliário no local, adquirir um imóvel é um investimento que provavelmente dará excelente retorno em médio e longo prazos.
O diretor da construtora Pinto de Almeida, Naum Ryfer, destaca que a região é uma excelente opção de expansão para a cidade.
“Sem dúvida, a região é a expansão natural da cidade, que precisa urgentemente ampliar seus limites e encontrar novas opções para desafogar sua malha urbana. A posição geográfica é um fator importante, com perspectivas de oferecer um enorme leque de entradas e saídas. Além disso, é uma região agradável, com muito verde, lindas praias e uma boa estrutura de comércio e serviços, guardando uma ambientação mais tranquila e bucólica”, considera.
Serviços – O morador do Jardim Imbuí, na Região Oceânica, e presidente da Associação de Moradores da Lagoa de Piratininga, Renan Lacerda, de 60 anos, alerta que, apesar de ser o lugar que mais cresce, a oferta de serviço ainda não segue o mesmo ritmo.
“Há quedas de luz que às vezes demoram a ser restabelecidas e ainda falta policiamento pelos bairros. A oferta de ônibus também não satisfaz a todos. Mas nós temos ações paliativas que têm ajudado muito no trânsito, por exemplo. O tráfego na subida da Serrinha para o Centro de Niterói, onde pegamos a Estrada Francisco da Cruz Nunes está boa depois que a Prefeitura inverteu a mão no horário mais crítico da manhã. No entanto, a chegada no Largo da Batalha continua muito complicada. Não tenho dúvidas de que com essa nova opção de fluxo, o túnel, vai aumentar a procura por imóveis por aqui, porque a região é maravilhosa”, afirma.
Conforme Renan, o bairro de Camboinhas é muito procurado, porque é “gostoso para se morar”, já que possui uma praia que os carros não têm acesso direto. Ele também aponta os imóveis mais espaçosos como vantagem.
“Piratininga e Itaipu têm um fluxo muito grande de pessoas, o que certamente faz com que tenham preços menores que os outros dois bairros”, diz.//Já o industriário Vinícius Tozo, de 30 anos, só vislumbra avanços no bairro. Com uma unidade recém-comprada no lançamento de Itaipu, ele aguarda a conclusão das obras e a entrega das chaves, prevista para setembro.
“Escolhi a Região Oceânica devido ao crescimento que ela tem tido e o imóvel é bem próximo da praia. Penso também como um investimento. Já que o local está cada vez mais valorizado, vale a pena, porque rende bem mais do que qualquer aplicação bancária e acompanha a inflação. A princípio, vou me mudar para lá, porque quero morar num lugar que me transmita paz, e que eu fique próximo da natureza”, comenta.
Procura – Uma prova da expansão foi a demanda constante dos bairros da Região Oceânica, que ocorreu em 2011, quando a Pinto de Almeida lançou o empreendimento residencial Portal de Itaipu. Como informado pelo diretor da construtora, o condomínio apresentou sucesso absoluto de vendas, com 100% das unidades comercializadas no dia do lançamento, em menos de 24 horas.
Além de estrutura de lazer completa, o empreendimento também se preocupa com a preservação do meio ambiente – um traço comum dos novos condomínios na Região Oceânica.
O Portal de Itaipu, por exemplo, conta com um sistema de aproveitamento de água de chuvas, para regar os jardins e limpeza das áreas externas; bacias sanitárias com caixa acoplada e botão de duplo fluxo de água para controle de desperdício; medidores de água, gás e luz individuais; luminárias com lâmpadas de baixo consumo acesas por sensores de presença e células fotoelétricas, além de dois bicicletários.
Túnel Charitas - Cafubá pode igualar preços dos bairros
O presidente da Associação das Empresas do Mercado Imobiliário de Niterói (Ademi -Niterói), Jean Pierre Biot, acredita que a chegada do Túnel Charitas - Cafubá pode baratear o custo dos imóveis na Região Oceânica, já que o acesso aos locais será facilitado.
“Você tem Itaipu que é uma área grande com potencial para diversas construções. Na hora que houver mais oferta, mais lançamento, é possível que os valores sejam mais vantajosos para quem deseja morar no local. Atualmente existe a valorização de bairros como Camboinhas e Itacoatiara justamente porque são bairros mais restritivos, já que a lei não deixa construir muita coisa por lá. Quanto mais restritivo, mais caro”, explica o presidente da Ademi.
Jean também ressalva que o bairro necessita de investimentos, e compara a situação de Charitas, oito anos atrás.
“Acho que falta muita coisa lá. O comércio e as escolas longes, e o trânsito ainda afetam o local. O que era Charitas há oito anos? Não tinha nada. Fizeram a estação das barcas e hoje tem um monte de prédio. Ou seja, o túnel, que vai facilitar muito, e tudo mais que se fizer para incentivar a Região Oceânica a melhorar, vai colaborar com o seu desenvolvimento imobiliário”, constata.
Naum Ryfer vê outros acontecimentos futuros que darão condições melhores ao setor imobiliário da cidade e dos bairros da Região Oceânica.
“Niterói como um todo só tende a se valorizar. E mais ainda a Região Oceânica. Cada vez mais, famílias com rendas média e alta estarão se instalando em regiões próximas à cidade devido ao Comperj. Há também uma valorização dos imóveis proveniente de eventos mundiais que acontecerão no Rio de Janeiro”, conclui.
Andamento – A Prefeitura entregou o projeto da via expressa TransOceânica, que inclui o túnel, para a Caixa Econômica Federal. Segundo o prefeito Rodrigo Neves, essa é a penúltima fase para a contratação da obra. O próximo passo é a entrega do Estudo de Impacto Ambiental (EIA) ao Instituto Estadual do Ambiente (Inea).
Por Íris Marini

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